O que é Colecistectomia: por que ela é necessária, como é realizada e quais são as possíveis complicações do procedimento
A Colecistectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção da vesícula biliar. Ela é comumente realizada para tratar cálculos, inflamação ou outras condições que afetam essa estrutura.
Embora seja geralmente segura e eficaz, existem alguns riscos e complicações associados ao procedimento, sendo importante saber mais sobre o assunto. Continue sua leitura e conheça as indicações e os métodos dessa operação!
O que é a colecistectomia e quando ela é necessária?
A colecistectomia é um procedimento cirúrgico para remover a vesícula biliar, um órgão em forma de pêra localizado na parte superior direita do abdômen, que armazena a bile produzida pelo fígado. A bile é liberada na parte inferior do intestino delgado para ajudar na digestão de gorduras.
A colecistectomia é geralmente realizada quando a vesícula não está funcionando adequadamente ou está causando sintomas como dor abdominal, náusea, vômito, febre e icterícia. As condições que podem exigir a sua remoção incluem:
- Cálculos biliares: Pedras formadas na vesícula biliar que podem causar dor abdominal intensa e outros sintomas;
- Inflamação da vesícula biliar: uma condição chamada colecistite, que pode ser aguda ou crônica, e é geralmente causada pela obstrução do ducto biliar por um cálculo;
- Pólipos na vesícula biliar: crescimentos anormais na parede da vesícula que podem ser cancerosos ou nãocancerosos;
- Câncer de vesícula biliar: um câncer raro, mas potencialmente fatal, que geralmente não causa sintomas nos estágios iniciais.
É importante discutir os riscos e benefícios da colecistectomia com um médico antes de decidir se submeter ao procedimento.
Como é feita a colecistectomia?
Existem duas maneiras de realizar a colecistectomia:
Cirurgia aberta
Na cirurgia aberta, o médico faz uma incisão no abdômen para acessar a vesícula biliar. Em seguida, a vesícula é removida e os ductos são reconectados ao intestino. A incisão é fechada com suturas ou grampos.
A cirurgia aberta é geralmente usada quando a colecistectomia laparoscópica não é possível devido a complicações ou condições preexistentes.
Colecistectomia laparoscópica
Na colecistectomia laparoscópica, o cirurgião faz pequenas incisões no abdômen. Em seguida, um laparoscópio (um tubo longo e fino com uma câmera na ponta) é inserido em uma das incisões para visualizar a área cirúrgica.
Instrumentos cirúrgicos especiais também são inseridos para remover a vesícula. A operação laparoscópica é considerada um procedimento minimamente invasivo, com menos dor e recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta.
Ambos os tipos de colecistectomia são realizados sob anestesia geral, o que significa que o paciente estará inconsciente durante o procedimento. A duração da cirurgia depende do tipo de procedimento e da complexidade do caso. Geralmente, a colecistectomia laparoscópica leva menos tempo do que a aberta.
Após a operação, o paciente é monitorado de perto para detectar sinais de complicações, como sangramento, infecção ou lesão nos ductos biliares. A maioria dos pacientes é capaz de voltar para casa no mesmo dia ou no dia seguinte à cirurgia. A recuperação completa pode levar algumas semanas, durante as quais o indivíduo deve seguir as orientações do médico em relação à dieta, repouso e atividade física.
Quais são as possíveis complicações da colecistectomia?
Embora a colecistectomia seja geralmente segura e eficaz, existem alguns riscos e complicações associados ao procedimento. Alguns dos possíveis riscos incluem:
- Sangramento: Durante a cirurgia, pode haver sangramento que requer transfusão de sangue ou intervenção cirúrgica adicional;
- Infecção: A infecção pode ocorrer na incisão cirúrgica, nos órgãos ou na cavidade abdominal. Os pacientes podem precisar de antibióticos para tratar esse quadro;
- Lesão nos ductos biliares: Durante a cirurgia, pode ocorrer lesão nos ductos biliares, que são os tubos que transportam a bile da vesícula biliar para o intestino. Isso pode levar a complicações graves, como vazamento de bile ou icterícia, que pode exigir cirurgia adicional;
- Lesão nos órgãos vizinhos: A cirurgia pode causar lesão nos órgãos como o fígado ou o pâncreas;
- Trombose venosa profunda: O paciente pode desenvolver coágulos sanguíneos nas veias profundas das pernas, que apresentam o risco de se soltar e se deslocar;
- Reação à anestesia: O paciente pode ter uma reação alérgica à anestesia ou apresentar problemas respiratórios;
- Síndrome pós-colecistectomia: Alguns indivíduos podem desenvolver síndrome pós-colecistectomia, uma condição que pode causar diarreia, dor abdominal e flatulência.
É importante discutir todos os riscos e possíveis complicações com o médico antes de decidir se submeter à colecistectomia. A maioria das complicações pode ser tratada com sucesso, mas é importante contar com um profissional qualificado.
A “COLECISTECTOMIA” é uma opção comum para tratar condições que afetam a vesícula biliar. Com a supervisão médica adequada e seguindo as orientações pós-operatórias, os pacientes podem ter uma recuperação completa e sem complicações.
Esperamos que o conteúdo de hoje tenha te ajudado a tirar suas dúvidas. Para saber mais sobre essa operação, não deixe de agendar um horário com a Dra. Aline!
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