Os divertículos são pequenas elevações nas paredes intestinais, que aparecem com o passar do tempo devido à perda da elasticidade muscular. Seu surgimento é favorecido por quadros como a prisão de ventre e o baixo consumo de fibras, sendo mais comum em adultos a partir dos 40 anos. A inflamação dessas saliências é chamada de Diverticulite

Esse problema gera abscessos e favorece infecções, havendo o risco de perfuração das paredes intestinais. A questão pode se agravar e exigir intervenções urgentes. Saiba mais acompanhando o conteúdo a seguir!

Diverticulite

O que causa a Diverticulite?

A diverticulite é uma condição que ocorre quando os divertículos, que são pequenas bolsas ou sacos que se formam na parede do cólon (intestino grosso), tornam-se inflamados ou infectados. A causa exata da diverticulite não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja causada por uma combinação de fatores, incluindo:

  1. Dieta pobre em fibras: A dieta ocidental moderna, que é rica em alimentos processados, gorduras saturadas e carboidratos refinados, pode contribuir para o desenvolvimento de divertículos no cólon. A falta de fibras na dieta também pode causar constipação, o que aumenta a pressão nas paredes do cólon e pode levar à formação de divertículos.
  2. Envelhecimento: A diverticulite é mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade.
  3. Genética: Acredita-se que a diverticulite tenha uma tendência familiar, sugerindo que pode haver um componente genético na sua causa.
  4. Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física regular também pode contribuir para o desenvolvimento de divertículos.
  5. Obesidade: Pessoas obesas têm um risco maior de desenvolver diverticulite.
  6. Fumar: O tabagismo é um fator de risco para a diverticulite.
  7. Uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): O uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, como a aspirina e o ibuprofeno, pode aumentar o risco de desenvolver diverticulite.

Embora a causa exata da diverticulite não seja completamente compreendida, é geralmente aceito que uma dieta rica em fibras, atividade física regular e hábitos saudáveis ​​em geral podem ajudar a prevenir a formação de divertículos e reduzir o risco de diverticulite.

Quais os sintomas da Diverticulite?

Os sintomas da diverticulite podem variar em gravidade, mas geralmente incluem:

  1. Dor abdominal: a dor é geralmente localizada no lado esquerdo inferior do abdômen, mas também pode ser sentida em todo o abdômen. A dor pode ser intensa e aguda ou pode ser uma dor persistente e incômoda.
  2. Febre: a febre pode ser um sintoma da diverticulite e pode ser acompanhada de calafrios e sudorese.
  3. Náusea e vômito: algumas pessoas com diverticulite podem experimentar náusea e vômito.
  4. Alterações nos hábitos intestinais: pode ocorrer constipação, diarreia ou alternância entre os dois.
  5. Inchaço abdominal: o abdômen pode ficar inchado e sensível ao toque.
  6. Sangramento retal: a diverticulite não costuma causar sangramento retal, mas em alguns casos pode haver presença de sangue nas fezes.
  7. Dor durante a micção: em casos raros, a inflamação pode afetar a bexiga e causar dor durante a micção.

Se você apresentar sintomas de diverticulite, é importante procurar atendimento médico imediatamente. A diverticulite pode ser tratada com medicamentos, dieta adequada, repouso e, em casos graves, cirurgia. O tratamento precoce pode ajudar a prevenir complicações graves, como perfuração do cólon e peritonite (infecção abdominal grave).

Como é o tratamento da Diverticulite?

O tratamento da diverticulite pode variar dependendo da gravidade dos sintomas. Em casos leves a moderados, o tratamento pode envolver:

  1. Antibióticos: Os antibióticos são frequentemente prescritos para ajudar a combater a infecção e aliviar os sintomas.
  2. Analgésicos: Os analgésicos são usados ​​para aliviar a dor abdominal.
  3. Dieta líquida ou de baixa fibra: Uma dieta líquida ou de baixa fibra pode ser prescrita para ajudar a descansar o cólon e permitir que ele se cure. À medida que os sintomas melhoram, a dieta pode ser gradualmente aumentada para incluir alimentos ricos em fibras.
  4. Repouso: O repouso pode ajudar a aliviar os sintomas e permitir que o corpo se recupere.

Em casos mais graves, ou em casos em que ocorrem complicações, pode ser necessário um tratamento mais agressivo, como cirurgia. A cirurgia pode envolver a remoção de uma seção do cólon afetado, ou pode envolver a drenagem de um abscesso ou a reparação de um furo no cólon. A cirurgia é geralmente reservada para casos graves ou recorrentes de diverticulite.

É importante seguir as instruções do seu médico e seguir um plano de tratamento cuidadosamente para ajudar a prevenir complicações graves e garantir uma recuperação completa. Além disso, adotar hábitos alimentares saudáveis, incluindo uma dieta rica em fibras e a prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a prevenir a diverticulite e reduzir o risco de recorrência.

Como é o tratamento cirúrgico da Diverticulite?

O tratamento cirúrgico da diverticulite é geralmente reservado para casos graves ou recorrentes da doença, em que outros tratamentos não foram eficazes ou em que ocorrem complicações, como perfuração do cólon ou abscessos. A cirurgia também pode ser recomendada para pessoas que têm complicações relacionadas à diverticulite, como obstrução intestinal ou fístulas.

Existem vários tipos de cirurgia que podem ser realizados para tratar a diverticulite, dependendo da gravidade da doença e da localização dos divertículos. Alguns dos procedimentos cirúrgicos mais comuns incluem:

  1. Colectomia parcial ou sigmoideostomia: A colectomia parcial envolve a remoção da parte afetada do cólon, enquanto a sigmoideostomia envolve a criação de uma abertura no abdômen para permitir a passagem das fezes.
  2. Ressecção laparoscópica: Este procedimento envolve a remoção da parte afetada do cólon através de pequenas incisões no abdômen, usando uma câmera e instrumentos especiais.
  3. Anastomose: Este procedimento envolve a conexão do cólon restante após a remoção da parte afetada.
  4. Colostomia: Em casos raros, pode ser necessário criar uma abertura no abdômen para permitir a passagem das fezes. A colostomia é geralmente temporária e pode ser revertida mais tarde.

O tratamento cirúrgico da DIVERTICULITE geralmente envolve um período de recuperação mais longo e pode envolver riscos e complicações, como infecções, sangramento e problemas com a colostomia. É importante discutir as opções de tratamento com seu médico e entender os benefícios e riscos envolvidos antes de tomar uma decisão. A Dra. Aline Casteletti é cirurgiã do aparelho digestivo e realiza o diagnóstico e tratamento da Diverticulite. Entre em contato e agende a sua consulta!

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